Blog da
Célia Holzmann

Este é o espaço que uso para publicar alguns textos sobre orientação profissional, educação, e neuropsicologia. Seja bem vindo!

Quando o estresse toma o lugar do brincar

por | 21/out/2020 | Infância

“Tia, fala para a minha mãe que não tenho mais tempo de brincar”

Se eu parar para pensar quantas vezes escutei essa frase em meus atendimentos, vocês iriam ficar espantados.

As crianças hoje em dia cada vez mais estão perdendo o tempo de brincar.

Pais, se vocês soubessem o quanto esse brincar propicia tudo aquilo que a criança necessita para a constituição do seu ser, tanto na parte motora, psicológica, de aprendizagem, social, criativa, imaginativa, e aqui ficaria enumerando inúmeras vantagens, deixariam seus pequenos a vontade para fazer o que mais sabem e gostam – que é o brincar.

Sim pais, tudo o que a criança necessita é fazer o que gosta, ter seu tempo livre para criar, se divertir e ser feliz a seu jeito.

A criança atualmente quase sempre preenche as necessidades de seus pais.

Natação, judô, inglês, piano, música, balé, parecem aos olhos de quem oferece ser as escolhas mais acertadas. Mas devemos tomar um cuidado extremo de perceber se estamos deixando espaço para o “fazer nada”.  Ah! Esse fazer nada, tão cobiçado, tão importante para a criança está dando lugar ao estresse.

Muitos pais acham que porque a criança muitas vezes não está com seu tempo totalmente preenchido está perdendo grandes oportunidades de um dia chegar lá.

Melhor e mais bem preparado que os demais.

Corrida, muitas vezes exaltante, cansativa e estressante.

Algumas vezes para preencher os desejos e frustrações dos pais, nossos filhos herdam o estresse dos adultos.

Pais, viver estresse é viver fora do aqui e agora. É viver lá na frente, na eterna corrida de uma reta muitas vezes aos olhos dos pequenos infindável.

Talvez seja agora a hora de parar e observar o que você está oferecendo aos seus filhos.

Observar o que realmente necessitam para serem criaturas saudáveis e felizes. Observar quais são os reais motivos de nossas escolhas atuais e o quanto agora trarão os reais e necessários efeitos futuros.

Efeitos esses que podem surgir. Mas se é esforço, acabou a brincadeira e quando a brincadeira acaba, acaba com ela o tempo de ser feliz.  A natureza equipou os humanos com tudo o que ele precisa desenvolver na infância para que surja o adulto capaz.

Vamos dar espaço para que isso floresça.

Por isso, pais, sejam mediadores, ofereçam o olhar, o cuidado necessário, ofereçam o que realmente seus filhos precisem para que consigam um desenvolvimento pleno, cheio de estórias para contar.

1 Comentário

  1. Letícia Cunico

    Belo texto!

    Responder

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Sobre

Celia Holzmann

Psicóloga, formada há 39 anos, pela Universidade Tuiuti do Paraná. Neuropsicóloga. Pós graduada em psicopedagogia. Especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho.

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